Foi assim...
O
encontrei quase menina, e suas palavras silenciaram por dentro de mim… Difícil
descobrir que coração não toma sol...
Percorri
suas páginas como pedaços dele mesmo, sem vendas nem segredos.
Tive
certeza de que onde tem fada, tem bruxa,
porque conviver não é nada fácil. Aliás, muitas vezes a vida é mesmo uma faca afiada!
Fui
seguindo olhando seus voos de longe, esvoaçando meus mergulhos através de suas
palavras. Sempre distantes como o peixe e
o pássaro. Sempre iguais em nossas diferenças...
Aprendi
sobre os domingos e as borboletas. Sobre o Menino
de Belém, suas Escrituras e as
variadas Correspondências com a
realidade, porque afinal as palavras sabem
muito mais longe!
Um
menino revestido de suas imaginações, Mário,
mostrou-me suas poesias guardadas, segredou-me que ele era um menino meio
chorão, um indez. E alertou para que
eu estivesse sempre preparada, porque até
passarinho passa...
Madura,
li sua infância, descobrindo nela que a
tristeza também é possível.
Sua
presença me acompanha até hoje, em cada fio branco que irrompe, cada marca do
tempo que emoldura minha face, cada minuto em que respiro...
Às
vezes trago as emoções em desalinho
tão doce e grandiosa é sua falta.
Seu
nome é sua história.
Sua
história uma vida que sei por ouvir dizer,
mas sua mensagem, tenho certeza, revela que ele era e será sempre um menino inteiro!
.....................
Esses
são apenas meus apontamentos.
Ele
é único para cada um dos que o viram/ouviram e seguem sentindo. Afinal nascemos livres para o sentir. Ufa!
Em
mim ele mora como a árvore. Carbonado
em meus passos mais fortes. Os que me asseguram equilíbrio e força.
Sigo
como sua poesia, sem eira nem beira até que outros olhos escrevam novos livros
com suas leituras.
E
isso é o que mais aumenta meu amor por ele, mais me iguala ao supérfluo de sua
existência intensa, interna, inteira. Interina nesta terra...
Quando
amamos somos igualzinhos, não é
verdade?!
E
cá estamos: escrevendo, lendo e criando novos livros. Uma história em três atos, sempre.
Mas,
já estou falando demais.
Sua
obra é para ler em silêncio.
Pega
o meu e continue o fio da palavra.
O fio da palavra Bartô...
Nenhum comentário:
Postar um comentário